quinta-feira, 23 de outubro de 2008

História de outra história - ("As várias faces" - Texto 6)


É simples: acordei e senti uma vontade incrível de escrever alguma coisa. Não algo simples (não profundo), mas sim algo da vida, da minha vida.
Escrever para uma pessoa que me fez feliz e mostrou-me que o amor é eterno, mesmo que não ao lado da pessoa que se ama.
Que amor pode ser vivido intensamente sem preconceito e sem antecedentes, porém (pode vir) com sucessões. Amor pode ser ensinado, aprendido, aconselhado, não tem contra indicação...
Amar é simples e não paga. É algo divino que engrandece a alma e enche a vida de alegria e satisfação. Amar é dar a alma ao próximo e sim, esperar que ele dê a sua a você. Mas sem muita cobrança, se não pode apodrecer.
Senti vontade de escrever o que sinto quando penso em quem ainda amo. Vontade de expressar quem tanto amei e tentar colocar em poucas linhas o que aconteceu em uma época boa da vida. Não durou o que se esperava, porém, foi o necessário para saber que a vida em comunhão existe e acontece na dosagem certa.
Por isso, viva segundo por segundo intensamente de seu amor por alguém. Caso ainda não tenha amado, encontrará um que te entenda, que viva por você, igual a mim que já vive por alguém.
E creia, não é bicho de sete cabeças. Pelo contrário, coloca-te do avesso, livra-te do peso da solidão.
É um bem da vida. É um bem da alma.
Lembrar faz a vida ficar mais vibrante e torna tudo mais feliz.
É simples, acordei tentando colocar para fora um amor que me fazia bem. Que se acabou ao público, mas que vive em mim.
Aquele que nunca “viu” o amor, não sabe o que é viver, não sabe o que é estar em estado de ternura e grande admiração (pelo menos ainda). Quem sabe, viverá isso um dia.
Acordei tentando encontrar respostas e as encontrei.
Hoje - talvez - eu não chore mais por você, só sinta uma grande alegria em ter te dado meu coração. Hoje, tudo aconteceu. Hoje, casei e descasei. Hoje encontrei um novo rumo para minha vida ao escrever linhas e mais linhas do grande amor que vive. Sinto-me satisfeito, apenas isso.
"A companhia dos livros supre com grande vantagem a companhia dos homens." (André Maurois)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ontem chorei por você - ("As várias faces" - Texto 5)


Carinho, respeito, atenção, admiração são sentimentos tão efêmeros perto do que se dizia: “amar para sempre”.
Um carinho, um respeito, uma atenção, uma admiração: misturar tudo e colocar uma pitadinha de amor. Será essa a receita do “amar verdadeiro”?
Amei mais que devia. Não! Sentia tanta alegria quando estava ao seu lado. Será em vão?
Mas sempre quando penso, chego à conclusão que talvez tenha amado na medida certa. No momento exato. No tempo efêmero de uma vida – já que ela se faz pequena -, porém, com quantidade e qualidade definidas.
Sem pontos-finais. Apenas reticências...

13/10/2008
6h30min.

“…Porque aunque no sé como vivir sin tu amor
Y descubrí lo que significa una rosa
Me enseñaste a decir mentiras piadosas
Para poder verte a horas no adecuadas
Y a reemplazar palabras por miradas…” ("Antología" – Shakira)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Dori me - ("As várias faces" - Texto 4)

"Acredita em anjo? Pois é, sou o seu..."

É triste e feliz dizer isso, mas creio sentir algo por você ainda.
Não é mais correto esse sentimento, afinal faz tanto tempo que não nos vemos ou até mesmo não te toco mais.
Isso não irá acontecer!
Qualquer brincadeira transforma-se em algo grande e precioso para mim.
“Dori me. Interimo adapare. Dori me. Ameno ameno. Lantire Lantiremo. Dori me (...)”.
Dori me¹ quando te toco.
Dori me quando quero fazer da sua vida a minha.
Ameno² minhas dores com suas mãos, com seu sentimento que eu sei que ainda sentes.
Nunc obdurat, et tunc curat³ minha mente e sigo pensando em você sempre, mas com a esperança quase acabada.

¹ Sinta minha dor
² Ameniza
³ Ora escurece, ora clareia


>>> POR MAIS QUE EU NÃO QUEIRA VIVER, HOJE É OUTRO DIA! <<<

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Quando o amor é catastrófico - ("As várias faces" - Texto 3)

Quanto tempo você vai deixar que os segundos passem e tomem conta dos nossos destinos?
Destinos esses que talvez não vão estar mais entrelaçados.
Destinos que a vida está dando seu próprio jeito de separar.
Todas as vezes que beijei alguém, eu não estava pensando em você. Mas todas as vezes que passei por algum momento, seja ele feliz ou não, você foi a principal pessoa que soube.
Por quê? Porque a vida quis assim. Porque a vida fica mais fácil quando você tem alguém para desabafar e sabe que ela vai estar sempre ali.
Ilusão!
Começo a pensar que as pessoas realmente vão e poucas voltam para o “berço”. Poucas voltam para seus antigos e verdadeiros amigos.
Dói, mas é a realidade.
Uns sempre saem perdendo nessas cordas ou comparáveis teias de aranha.
Sim, teias de aranha.
Emaranhado de linhas finas, que juntas são uma verdadeira resistência. Poucos podem detê-las, ou ninguém.
Espero que arrependimentos não venham depois. Seria imperdoável uma revolta sua. Porém, completamente aceitável uma minha.
Pense!
Sinta!
Absorva o que puder do mundo e ele te dará o que você tanto quer: UM AMOR!
Um amor que te ame. Um amor que te dê o verdadeiro valor dessas letras juntas. Sendo de qualquer idade, raça, etnia, seja do ocidente ou oriente, fazem a real diferença na vida de qualquer pessoa.
Não quero prever nada e nem quero explicações. Seria totalmente catastrófica qualquer palavra que eu proferisse sobre este assunto. Ultimamente, seria catastrófico qualquer ditado meu sobre “o amor” para você.

Ps.: quando eu estava num bate-papo com um amigo (Lucas), surgem algumas revoltas explícitas – para alguns, implícitas - no texto acima.


"(...) Mas que seja infinito enquanto dure." ( Vinícius de Moraes - "Soneto de Fidelidade")