quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Um poeta que ainda vive - ("As várias faces" - Texto 7)

Estou me sentindo um poeta quase morto, porém que não deixa de recitar e nem de abraçar as palavras.
Os dias vão-se...
Olho para trás...
Meus gestos e jeitos vão mudando conforme a música que eu mesmo coloco e meus lábios já não sentem mais os seus.
As pessoas começam a se transformar em marionetes em minhas mãos.
O que eu faço se te quero ao meu lado?
O que posso fazer se meu sentimento se faz maior do que qualquer outra coisa?
Amar você no silêncio torna-se algo indesejável e até mesmo conotativo.
Amar você às vezes dói, realça e ao mesmo tempo ofusca. Cria ao tempo que destrói.
Quem será a próxima pessoa da sua vida? Quem será a pessoa que roubará seu coração igual roubei em frações de certo tempo?
Lágrimas caem do meu coração. Lágrimas caem de meus olhos. Lágrimas caem com melancolia. Essas... Essas coincidem com meu desespero, minha solidão!
Tenho tudo e não tenho nada.
Sou fingidor e mascarado.
Sei mais do que penso saber. Sou mais do que alguém pode ser.
Sempre procuramos algo e alguém – ou em alguém.
Minha voz ecoa pelas paredes de meu quarto...
Ecoa pela solidão e pelos ares do infinito...
Agora? Agora se torna difícil ouvir minha própria voz no tormento em que me encontro.

“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.” (Clarice Lispector)

7 comentários:

supernova.high disse...

acho que me tornei "habituèe" do seu espaço, rs...
Você já disse a ela como realmente se sente? Eu sei que é um tanto complicado, pois eu mesma já me vi diante de uma situação parecida: vários escritos e relatos que somente e só serão inteligíveis para nós que os escrevemos. Chegou um ponto que, no meu caso, as coisas se tornaram platônicas e eu vivia a afirmar a mim mesma que seria muito mais fácil não gostar de alguém...
O mais difícil de a gente compreender é que por inúmeras vezes as pessoas vivem tempos diferentes dos nossos e querem, por conseguinte, coisas que variam neste espaço de tempo...
Continue a escrever, pois a única coisa que nos cura é nos analisarmos constantemente, e nada melhor do que as nossas próprias palavras, certo?!

supernova.high disse...

Olá,
Como eu disse, já estive em uma posição igual a sua, causa para uma parte da inspiração dos meus textos mais antigos. E, no meio dessa inspiração toda, comecei a formar meus parâmetros do que seria sentir algo de bom, algo de ruim, indiferença e tudo mais. Eu costumo sempre reler os meus escritos – costumo dizer que eles são alucinações, rs –, inclusive os que não estão postados no meu blog para continuar seguindo adiante. E no que eu leio meus escritos, dona clarice e vários outros, eu tenho formado a minha idéia de vida – e, através dessas leituras, “idealizei” a pessoa com quem eu queria passar o resto da vida; e graças ao destino, ele existe e temos estado juntos desde então :-).
Enfim, os seus textos são ótimos também. Eu acho que o que você tem contado só é compreensível para quem está passando por isso ou por quem já passou. Para todo o resto - os sem alguma inspiração -, você será um cara que alimenta um amor quase impossível.
Mas, já que as pessoas nos intitulam poetas, escritores, etc., etc., por que não incorporar o sentimento daqueles que são os maiores exemplos destes postos? Por que não continuar dizendo para meio mundo o que se sente; se expôr de verdade?
E, por que não insistir neste amor, ainda que seja loucura? Que seja! A loucura é a melhor arma para a sobrevivência.

Ronnaldo Moreno disse...

Acabei de escrever outro texto no Blog. Vc provavelmente recebeu o e-mail, rsss... É que me bateu um desespero, uma tristeza...

Enfim, deixa pra lá.
Seu blog, lindo como sempre. E os textos tbm. ^^

Bjoka, Lulu.

Girl disse...

Oi,

Fiquei feliz em constatar que no tempo em que fiquei fora, nada mudou por aqui...
Continua sendo um ótimo blog, com ótimos textos...
Você se supera!

Beijos,

Girl

Anônimo disse...

Confesso que dessa vez você me deixou sem palavras! Lindo o texto... adorei a forma que você usa doces palavras para falar sobre algo tãocomplicado, tão duro de se explicar, a vida e o amor!

Parabéns novamente!
Amo vc!

Beijo, Vinny!
=]

Maíra disse...

Perfeito. Lindo, maravilhoso!!!

Anônimo disse...

Amooooooo vc!!!!
Aprendi gostar do seu jeito:)
Agradeço a vc por entrar na minha
vida!

Lindo
orgUlhoso
alegrIa
Simpático

bjoxsxs